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                                                                 Para Antonio Conceição

 

 

Pois então me mostre, amigo velho

No bater do pandeiro, a joia oculta

De ser brasileiro ainda que exilado

Delícia do sangue pulsante que se escuta.

 

Descendo a Selaron, vermelho encarnado

Azulejos e degraus, coloridos ancestrais

E o balançar do bondinho, Santa Tereza,

Rio, Senhor do Bonfim, coloniais certezas...

 

Pois então me ensine, poeta da avenida

A achar o ritmo certo, o estandarte

Da escola dos que amam a criação...

Toma meu braço, rebrilho de verão

Na velha vila, Isabel, samba canção...

 

Que eu há tempos morro de saudade

Já nem sei porque mais não...

alexandre gazineo
Enviado por alexandre gazineo em 21/08/2022


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