Textos


Meu firmamento inventado
Em dias passados, insones
Transmudou-se inteiro na melancolia
Do riso que desdenha a alegria
No sorriso que sorri e some...

E todos falam das estrelas...
Insistente beleza
Mas meu torcicolo ancestral impede
Meu rosto de mirar o céu...

Assim, ao diabo as estrelas!
Pois, ilhado por tanta besteira
Enrijeço em amara fraqueza 
Escuridão e cegueira.

Eu até achava que valia a pena
Viver a vida com alegria de passante
Mas descobri, cedo, a âncora presente
No oceano que nos deram a navegar...

Não me faço mais ao largo
Galeão destorcido e encalhado
Vou me desfazer ao sol e ao luar...
 
E as estrelas, as que deviam me animar
Fugiram e foram morar
Onde eu não existo
Não sou e nem posso estar..      
alexandre gazineo
Enviado por alexandre gazineo em 31/07/2014


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