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Salomão acertou, o rei tinha razão
O tempo nos espreita, filosoficamente,
Fera faminta e sem coração
A nos caçar, sedento, cruelmente...

Se ao menos uma arma divina nos poupasse
Da armadilha que é deixar para amanhã
Tudo o que o hoje nos grita...

Seríamos crianças felizes,
Jamais velhos, eternos cisnes
Deslizando por águas benditas.

Mas a fé e força que nos alimenta
Sempre é nada, o mundo a traga
E o que sobra é essa perplexidade manca
Esta covardia que fere e sangra.

Existe, sim, um tempo para tudo,
Um outro rosto para cada dia
Um sol para cada manhã...

Pois nenhuma manhã será como aquela
Que talvez nos viu nascer...
Vamos indo, que o tempo arma ciladas
Pelas vilas e estradas
Noites e madrugadas. 


 
alexandre gazineo
Enviado por alexandre gazineo em 17/12/2009
Alterado em 14/01/2011


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